A Loja

O Café Calcinha situa-se na Praça da República, nº 67, r/c, em Loulé, Portugal, distanciando-se a cerca de cem metros do Largo Gago Coutinho, largo central da cidade.
No risco do definitivo encerramento de portas do Café Calcinha, a Câmara Municipal adquiriu todo o espaço no ano de 2016 e procurou recuperar o seu conjunto (espaço, mobiliário, decoração) pelo seu valor histórico intrínseco, como testemunho de um tempo e de uma memória coletiva de toda uma população que justifica este elemento como fazendo parte da sua identidade; um espaço que teve impacto no quotidiano das famílias, da vida e do imaginário coletivo e que por isso merece ser preservado, mantido e continuado.
Atualmente o proprietário do Café Calcinha é a Câmara Municipal de Loulé e o seu responsável institucional máximo é o Presidente da Câmara, com apoio de uma equipa que acompanha a vida do Café Calcinha.
Após restauro e concurso público para a concessão, o Café Calcinha encontra-se agora a ser explorado por uma equipa de jovens empreendedores que mantém a imagem de qualidade e requinte para todos os públicos visitantes.
Processo de recuperação, dinamização do espaço e produtos de promoção da cultura local
Existiu o objetivo de reposição do Café original, não só na dimensão física e geométrica do seu espaço e materiais utilizados, assim como a manutenção e/ou recriação de algum mobiliário e elementos decorativos da época.

História da Loja

Inaugurou a 5 de Junho de 1929. Também se chamou Central, Carioca e Louletano. Num anúncio necrológico no jornal A Voz de Loulé, de 30.07.1957, sobre o falecimento de José Domingos Cavaco ficamos a conhecer a alcunha dada aos filhos de Domingos Cavaco que, ou pelo vestuário que usavam ou por outros motivos eram os “Calcinhas”. Foi com esta alcunha que se registou para sempre o nome de um emblemático café da região algarvia.
Até ao 25 de Abril vivia-se a dois ritmos: “Durante o dia o ambiente era pacato e compartimentado segundo os escalões sociais. À noite modificava-se. Virava boémio até horas tardias”, com segredos dos jogos de sorte e de azar, do corredor por onde entrava e saía gente de conduta duvidosa.
O mais ilustre frequentador do Café foi António Aleixo (1899-1949). Loulé homenageia o poeta com uma estátua de Lagoa Henriques na esplanada do Café. Terá sido neste Café que aconteceu o episódio: estando o juiz Frutuoso da Silva, frequentador assíduo do Café, personagem volumosa e calva, sentado à mesa, desafiou o Aleixo a dizer uma quadra. Logo o poeta lançou: “Uma mosca sem valor; pousa com a mesma alegria; na cabeça de um doutor; como em qualquer porcaria”.
Após a Revolução do 25 de Abril as diferenças sociais dissiparam-se. Em 1976, o Café passou para a gerência de Joaquim Prado, tornando-se espaço popular.
A tradição associada ao Café Calcinha são os folhados quentes, os carriços, os doces de figo, os queijinhos de amêndoa, os D. Rodrigos.

Texto: Luísa Martins

Produtos e Serviços

O espaço desenvolve atividades culturais com programação anual.
O Café Calcinha funciona com as valências de Pastelaria, Cafetaria e Restauração., com apresentação de produtos de cariz tradicional, tornando único e criativo o receituário alimentar quotidiano. Na Cozinha Tradicional predominam os produtos da região, espelhando os saberes gastronómicos desde o litoral à serra, com petiscos e os tradicionais folhados, carriços, bolinhos de amêndoa e outros.

Horário

Contactos

Freguesia: Loulé (São Clemente)
Morada: Praça da República 67 R/C, 8100-270 Loulé
Cód. Postal: 8100-270 Loulé
289462330
calcinhacafe@gmail.com
https://www.facebook.com/cafecalcinha/
https://www.facebook.com/cafecalcinha/?rf=144315158992921

Dados Gerais

Atividade Principal: Restauração e hotelaria
Ano de Abertura: 1929
CAE Principal: 56301 – Cafés